Braços

Deveras opositivo

Este blog vem para ser um braço. Aqui, todo o turbilhão de vozes e egos que rasgam a mente de alguém que decide expor letras, pensamentos, devaneios e incursões aos caminhos quentes de sangue do cérebro recebe certa atenção. É como o papel higiênico. Quando defecamos, a obra original está mergulhada, linda, hostentando a cor máxima que pode, a textura real que exerce, o dom de ser completa. Como uma reportagem trabalhada para ser perfeita. Quando bebemos, nenhuma das duas sai eficaz. Quando nos alimentamos mal (de fontes, documentos, saladas, fibras), nenhuma das duas alcança aquela eficiência de ser por completo, carregando o máximo que poderia. Voltando ao papel higiêncio, ele guarda para si resquícios daquilo que foi a obra, segura com força pedaços que foram essenciais ao trabalho mas que fugiram ou foram retirados a força. Assim funciona a reportagem (minhas). Na revista o Viés, o leitor encontra a reportagem. Aqui, tudo o que formou, os motivos que deram origem, o meio que construiu e o que pode ser guardado dela, como o papel agarrado e fechado sobre faces pequenas do todo da merda.

Um abraço,

Bibiano.

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